Amigos,
Aqui alguns dos poemas de meu 6º livro, “Vide-Verso” que embora os poemas estejam veiculados em meu site desde 2004, ainda não foi publicada uma versão impressa. A coletânea de textos curtíssimos segue na linha dos poemas publicados em “Letramorfose, ou seja, todos muito curtos, explorando as várias possibilidades da palavra, usando e abusando de rimas, trocadilhos, aliterações e outros recursos, ora desconstruindo frases-feitas, ora resignificando sentenças filosóficas ou falares do povo. Creio que os que estiverem familiarizados com as palavras-cabide e palavras-valise de James Joyce, não se assustarão muito.
.............................
sumi
semi
nu
numa
duna
duma
dona
.............................
nós
nus
:
um
+
um
=
hum!
.............................
era
hora
do
amor
ora
era
eros
ora
era
hera
.............................
aporta
saudade
aperta
o peito
flechado
fechabre
a porta
...................................
dispara
meu
peito
que
ao
ver-te
diz: pára!
.................................
verte
meu
peito
ao
ver-te
.............................
indecente
tua lava
me lava
me leva
me love
incandescente
...................................
na cama
a calma
com fusão
de corpo
e alma
....................................
como
tô carente
corro
tocar em teu
corpo
..............................
acaso
acasalamento
lamento
..................................
acaso
cedo ou tarde
cedo e caso
em suma
me assuma
ou suma
.............................
amor ou caso
acuso o acaso
cada caso
é um caos
.........................
revelo
me
em
teu
relevo
............................
preciso
do
que
tens
de
precioso
............................
a maria
quem
diria
que
um
dia
me
amaria
................................
quarto crescente
luar de absinto
parece que sente
carece o que sinto
................................
obsoleto
tudo que eu sabia
absoluto
................................
todos
nós
somos
hum
us
.............................
na
vida
as
coisas
são
comoção
............................
sempre essa
de
divagar
e
sem pressa
.............................
arte
?
deus
me
louvre
!
...........................
poética
intica
:
em
política
ética
é titica
.............................
a cidade
assassina
ácida de si
decide
essa sina
........................
urgia te amar
mal
me
quer
mas
bem
me
tem
em
orgia de amor
........................
silencio
ao
te
ver
se
lê
cio
lascívia
ao
te
ver
lá
se
via
........................
meu
fôlego
teu
fogo
ex-pira
........................
indecente
ainda sente
essa ninfa
essa peca
essa fada
inocente
e não sente
........................
no amor
haja gás
e ânimo
a
orgia se
gasta num
momento
........................
eros ou erros
:
apego = ah pego
apelo = ah pelo
afago = ah fogo
afeto = há feto
........................
:
vampira
me
tara pira
me
tira para
me
expia inspira
me
aspira expira
!
........................
a danada
da amada
uma dona
que me dana
uma dama
que me doma
nada muda
essa madame
me dá medo
se me ama
........................
ânsia
em
si
seu
cio
ensina
me
o
ciúme
........................
a alma geme ao
ver
a alma gêmea
........................
culpa do
cupido
:
bem feito
é certo
que a seta
só acerta
quem aceita
essa seita
no centro
do peito
........................
vir tu ali dá de
10
na
virtualidade
........................
escrevo
não
pra ser imortal
mas
pra um amor tal
pra uma mortal
........................
sou
anticonstitucionalissimamente
só
........................
do
poema
rimas
do
amor
rimos
da
vida
rumos
........................
ri mas são
rimas minhas
estrelinhas
nas
entrelinhas
........................
arte
:
futuro da faina
fratura da forma
fatura da fama
fartura da fome
........................
moda
me dá
medo
mede
o meu
modo
muda
o meu
mundo
........................
pátria minha
grande e bela
ver de perto
e amar ela
........................
belezas
à
beça
se
abrissem
as
cabeças
e
coubesse
que
a cobiça
se
acabasse
........................
na ida à vinha
a ira ainda
havia na vinda
ria na via a ira
no vinho novinho
pois ia e vinha
........................
sossego
se só sigo
desígnios
de signos
sou cego
........................
some
ou
some
........................
sina de luz
me
elucida
a lucidez
me
alucina
........................
universos paralelos
:
uni versos para lê-los
........................
prece
não tem
preço
ora
peça
à
beça
........................
temor
:
tememos
e
trememos
:
morte
........................
"Vide-Verso"
Tchello d'Barros
www.tchello.art.br
Aqui alguns dos poemas de meu 6º livro, “Vide-Verso” que embora os poemas estejam veiculados em meu site desde 2004, ainda não foi publicada uma versão impressa. A coletânea de textos curtíssimos segue na linha dos poemas publicados em “Letramorfose, ou seja, todos muito curtos, explorando as várias possibilidades da palavra, usando e abusando de rimas, trocadilhos, aliterações e outros recursos, ora desconstruindo frases-feitas, ora resignificando sentenças filosóficas ou falares do povo. Creio que os que estiverem familiarizados com as palavras-cabide e palavras-valise de James Joyce, não se assustarão muito.
.............................
sumi
semi
nu
numa
duna
duma
dona
.............................
nós
nus
:
um
+
um
=
hum!
.............................
era
hora
do
amor
ora
era
eros
ora
era
hera
.............................
aporta
saudade
aperta
o peito
flechado
fechabre
a porta
...................................
dispara
meu
peito
que
ao
ver-te
diz: pára!
.................................
verte
meu
peito
ao
ver-te
.............................
indecente
tua lava
me lava
me leva
me love
incandescente
...................................
na cama
a calma
com fusão
de corpo
e alma
....................................
como
tô carente
corro
tocar em teu
corpo
..............................
acaso
acasalamento
lamento
..................................
acaso
cedo ou tarde
cedo e caso
em suma
me assuma
ou suma
.............................
amor ou caso
acuso o acaso
cada caso
é um caos
.........................
revelo
me
em
teu
relevo
............................
preciso
do
que
tens
de
precioso
............................
a maria
quem
diria
que
um
dia
me
amaria
................................
quarto crescente
luar de absinto
parece que sente
carece o que sinto
................................
obsoleto
tudo que eu sabia
absoluto
................................
todos
nós
somos
hum
us
.............................
na
vida
as
coisas
são
comoção
............................
sempre essa
de
divagar
e
sem pressa
.............................
arte
?
deus
me
louvre
!
...........................
poética
intica
:
em
política
ética
é titica
.............................
a cidade
assassina
ácida de si
decide
essa sina
........................
urgia te amar
mal
me
quer
mas
bem
me
tem
em
orgia de amor
........................
silencio
ao
te
ver
se
lê
cio
lascívia
ao
te
ver
lá
se
via
........................
meu
fôlego
teu
fogo
ex-pira
........................
indecente
ainda sente
essa ninfa
essa peca
essa fada
inocente
e não sente
........................
no amor
haja gás
e ânimo
a
orgia se
gasta num
momento
........................
eros ou erros
:
apego = ah pego
apelo = ah pelo
afago = ah fogo
afeto = há feto
........................
:
vampira
me
tara pira
me
tira para
me
expia inspira
me
aspira expira
!
........................
a danada
da amada
uma dona
que me dana
uma dama
que me doma
nada muda
essa madame
me dá medo
se me ama
........................
ânsia
em
si
seu
cio
ensina
me
o
ciúme
........................
a alma geme ao
ver
a alma gêmea
........................
culpa do
cupido
:
bem feito
é certo
que a seta
só acerta
quem aceita
essa seita
no centro
do peito
........................
vir tu ali dá de
10
na
virtualidade
........................
escrevo
não
pra ser imortal
mas
pra um amor tal
pra uma mortal
........................
sou
anticonstitucionalissimamente
só
........................
do
poema
rimas
do
amor
rimos
da
vida
rumos
........................
ri mas são
rimas minhas
estrelinhas
nas
entrelinhas
........................
arte
:
futuro da faina
fratura da forma
fatura da fama
fartura da fome
........................
moda
me dá
medo
mede
o meu
modo
muda
o meu
mundo
........................
pátria minha
grande e bela
ver de perto
e amar ela
........................
belezas
à
beça
se
abrissem
as
cabeças
e
coubesse
que
a cobiça
se
acabasse
........................
na ida à vinha
a ira ainda
havia na vinda
ria na via a ira
no vinho novinho
pois ia e vinha
........................
sossego
se só sigo
desígnios
de signos
sou cego
........................
some
ou
some
........................
sina de luz
me
elucida
a lucidez
me
alucina
........................
universos paralelos
:
uni versos para lê-los
........................
prece
não tem
preço
ora
peça
à
beça
........................
temor
:
tememos
e
trememos
:
morte
........................
"Vide-Verso"
Tchello d'Barros
www.tchello.art.br
5 comentários:
amo seus poemas. . .
bisou *
genial, tchello! é de se ter orgasmos poéticos.
eita, seu moço - que beleza! veja a inveja boa - das palavras poucas, das tintas nas telas!
líria
Olá, Tchello.
com tato
primeiro
contato
trabalho
cartas
de baralho
a do rei
K está
sem barulho
o talento
não
tá lento
parabéns
bom dia
abraço
Marco.
HAHAHAHAH!!!!
delícia de letrinhas,
gostosura de poesia,
minha nossa!
quando eu crescer quero ver
de novo tudo isso,
e sentir que a infância,
tempo de aprendizagem
e maravilhamento,
valeu a pena.
Tchello, muito prazer,
como escreveu rodrigo mebs,
orgasmos múltiplos.
Tu és mesmo um belo dum presente
dos céus.
Postar um comentário